terça-feira, 15 de julho de 2008

Introdução à Administração

Forças e limitações da metáfora da máquina
Na organização existem idéias freqüentes como: “estabeleça metas e objetivos e persiga-os”, “organize eficiente, racional e claramente”, etc., essas idéias estão profundamente implantadas na forma de pensar sobre organização, dessa forma quando um administrador planeja uma organização em uma empresa, projeta uma estrutura com definições claras sobre tudo, para que as pessoas de adaptem e se sintam confortáveis em suas funções, assim o desempenho dos outros funcionários fica melhor.
A teoria da administração clássica e a administração cientifica foram lançadas como a “melhor maneira de organizar” pelos primeiros teóricos que acreditavam que as mesmas seriam as soluções de todos os problemas de organização. Atualmente foi provado que eles estavam totalmente errados, tais princípios hoje se encontram nos principais problemas modernos organizacionais. Imagens e metáforas criam formas parciais de percepção, nos fazem ver e compreender somente uma perspectiva, assim esquecendo de outros aspectos, é o que acontece no modo de organização mecanicista, onde os aspectos humanos são sub-valorizados.
As forcas podem ser caracterizadas de modo muito simples. Os enfoques mecanicistas só funcionam bem se a maquina estiver operando bem, ou seja:
a. Quando existe uma tarefa continua a ser desempenhada;
b. Quando o ambiente é suficientemente estável para assegurar que os produtos oferecidos sejam apropriados;
(c) quando se quer produzir sempre exatamente o mesmo produto; (d) quando a precisão é a meta; e (e) quando as partes humanas da “maquina” são submissas e comportem-se como foi planejado que façam. Uma organização mecanicista que é muito conhecia é a cadeia de hambúrguer McDonald’s, a empresa mecanizou tanto seus produtos que suas franquias de todo o mundo, em pontos diversos produzem um produto uniforme. Tudo isso consiste na “ciência do hambúrguer” (a empresa tem sua própria universidade do hambúrguer, “Hambúrguer U” para ensinar essa ciência a seus gerentes, tendo um detalhado manual operacional para guiar seus franqueados nas operações diárias de seu sistema) A empresa constitui um exemplo dos princípios tayloristas e recruta mão-de-obra não sindicalizada. Assim a “máquina” trabalha perfeitamente.
Muitos sistemas de franquia usaram o principio taylorista com grande efeito, centralizando o planejamento e o desenvolvimento de produtos ou serviços e descentralizando a implementação de maneira altamente controlada.
Apesar desses sucessos, a organização mecanicista tem severas limitações, que podem: (a) criar formas organizacionais que tenham grande dificuldade em se adaptar a circunstancias de mudanças; (b) desembocar num tipo de burocracia sem significado e indesejável; (c) ter conseqüências imprevisíveis e indesejáveis à medida que os interesses daqueles que trabalhem na organização ganhem precedência sobre os objetivos que foram planejados para serem atingidos pela organização; (d) ter um efeito desumanizante sobre os empregados, especialmente sobre aqueles posicionados em níveis mais baixos de hierarquia organizacional.
Esses problemas são frequentemente agravados devido ao fato de que cada cargo tem sua função especifica o que encoraja os membros da organização a adotarem atitudes descuidadas e não questionadoras, tais como “não é minha responsabilidade preocupar-me com isso” ou “é responsabilidade dele, não minha”. Isso pode ate mesmo levar as pessoas a fazer e justificar erros deliberados sob a premissa de que estão obedecendo a ordens, por isso deve haver a existência de supervisores e outras formas de controle para que não só monitorem o desempenho dos trabalhadores, mas que também detectem e resolvam esses problemas.
Contudo, os enfoques mecanicistas da organização tem se comprovado incrivelmente populares, em parte devido à sua eficiência no desempenho de certas tarefas, mas também devido à habilidade que têm de reforçar e sustentar padrões particulares de poder e controle, que tem especial apelo para os indivíduos e grupos que desejam exercer controle cerrado sobre as pessoas e suas atividades.

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